30 August 2012

Agora e sempre, ámen...

Pic taken by Ajami (a friend from Azerbaijan)

Hello Guys...this time I'm bringing something only in portuguese. I know, I'm sorry! :( In fact, this is something I've written a long time ago...just decided to share it now...I don't really believe that the translator will work here, but feel free to try! :) I'll be posting a new look very soon!

Quem diria estar-se, nesse dia, três passos e um senão mais perto daquela hora não. Fora admiração dos mais crédulos, que um credo tão puritano se matizasse de cores tão impróprias e coalescentes, em horas de cobiça e luxúria. Ora, tal fora a discórdia interior das margens do celibato, que até virgens infantis, mais calados por sinal, se viram carregadores do estandarte “sacristia, aqui vou eu!”. Seria curioso, tão preenchida de cantares puros e sermões polidos a igreja da hora de então, questionar-se, numa cabeça de raça lavada, acerca da correcteza dos actos encobertos dos tão perfeitos “representantes de Deus na Terra”. Ora era a filha da vizinha “Judite”, que se aventurava no escritório particular do padre “Justino”, nas suas doutrinas demoradas; ora era o filho mais velho da “Sr. Dona Maria peixeira”, que aprendia a rezar, enquanto as tardes de lavoura no rio durassem, com o tão simpático Sr. “mesmo padre”; ora se apanhava uma batina desalinhada e uns olhos alagados no nosso curioso menino “Jacinto”. Eram tempos de santidade, eram tempos de pecados e perdões em lugares partilhados; não se fosse perder um lugar lá no ceuzinho do senhor Deus lá do alto, valia o perdão do padre para garantir a certidão de “aprovado” ao pé dos portões de São Pedro. Sonho da chusma, eram as grandes pradarias…quer dizer relvados…ou seriam cascatas com arco-íris?…não, diziam que eram jardins de sonho...ora honestidade não seria um digno adjectivo para as entidades criadoras das actividades recreativas das procissões e outras tais, embora continuasse crença real e cordial as virgens do Éden. Bem, concentremos a nossa prezada atenção no caro “Jacinto”.
Meninez pacata e rectilínea seriam palavras ajustadas para descrever as vivências, a sol de meio-dia, que se entendiam vida do nosso pensador “Jacinto”. Era rapaz, filho de uma operária das lavandarias de então, tenha-se rios, de pai incógnito, ou melhor, perdido para as ninfas doutras terras, que se fizera vivo aquando de uma escorregadela por parte da sua mãe no rio da lavoura. Bem, todos tinham como verdade a entrada do espírito de um homem, misturado nas águas fluviais, pelas partes impróprias da agora mãe, aquando do tão aclamado deslize da virgem na pedra da lavandaria. Na verdade, o que passava longe dos cantares lúdicos das viúvas frequentadoras das igrejas, era o coito, louco de paixão, da mãe, quando ainda adolescente, nos estábulos de uma quinta além para norte, com um tal de “José” pastor, como seria de esperar. Combatendo um alongamento desnecessário, tendo a concluir que as características principais de “Jacinto” para esta história seriam ser filho da “virgem” e ser uma criança. Mais interessante para um padre como “Justino” não poderia haver. 
“Jacinto” vivera feliz enquanto aprendia as reentrâncias da religião com o seu ídolo, então padre. Sim, porque padre que é padre conhece as leis da retórica: uma boa pesquisa do alvo precede sempre o interesse principal da argumentação, que é persuadir-se o ouvinte. Foram tempos de confissões preocupadas do “messias”, em busca de perdão por ter pisado uma formiga ou por ter desobedecido à sua mãe; foram tempos de contemplação e estudo intenso dos ditos dos senhores dos céus. O padre “Justino” ensinava-lhe como orar, como dar missas, os segredos de um sermão, e todos os mistérios do corpo e da mente. Pois, do corpo. Foi um dia, três passos e um senão antes desta história, que o padre “Justino” decidiu procurar, no corpo de “Jacinto”, o sexo dos anjos; tudo claro com objectivos puramente profissionais: mãos santas ao toque de uma pele pura; uma boca singela obrigada às texturas humanas em contínua santidade…mais não direi da experiência, temendo ferir os mais sensíveis. Certo é o cariz repetitivo.
Fora isto encarado como penitência dos seus pecados? Ou então santo como o padre? Verdade é que “Jacinto” nunca diria palavra da história até que um dia de 1985, passados foram uns 30 longos anos, que um cardeal tido “Ratzinger” desculpabilizaria estes, e outros como estes eventos santos, não fosse, reconhecer a atrocidade, uma afronta contra “o bem da igreja universal”…tão santa e pura por toda a eternidade!
Verdade seja dita, “agora e sempre”
Ámen!

Keep in touch guys!



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